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3ª Reunião do Conselho Empresarial IBREI

Foto do escritor: Rúbia  Costa MachadoRúbia Costa Machado

Na 3a reunião do Conselho Empresarial IBREI, empresários expressam preocupações sobre o atual cenário político e econômico do Brasil




Aconteceu no dia 28/06/23 a 3ª Reunião do Conselho Empresarial IBREI, na qual os empresários se reuniram para discutir e expressar suas opiniões e preocupações sobre o atual cenário político e econômico do Brasil. Durante o encontro, foram abordados diversos temas que refletem as inquietações dos conselheiros em relação à identidade do governo, à insegurança jurídica, à falta de foco e à ausência de liderança no país.


Uma das principais preocupações levantadas pelos empresários diz respeito à crise de identidade do governo. Eles expressaram sua inquietação quanto à falta de direcionamento claro e à ausência de uma visão estratégica consistente por parte das autoridades governamentais. Essa falta de clareza gera incertezas e dificulta o planejamento estratégico das empresas, que necessitam de previsibilidade econômica e fiscal para tomar decisões sólidas.


Outro ponto destacado na reunião foi a insegurança jurídica, que tem sido uma questão de grande preocupação para os empresários. A falta de estabilidade nas normas e nos processos legais afeta diretamente a confiança dos investidores e dificulta o ambiente de negócios no país.


As críticas do governo contra o Banco Central também foram mencionadas pelos conselheiros, que consideram essas críticas infundadas. O Banco Central desempenha um papel crucial na estabilidade econômica e monetária do país, e atacá-lo sem fundamentos prejudica a confiança dos investidores e a credibilidade das instituições.


Além disso, a guerra do governo contra os empresários do agronegócio foi destacada como um fator preocupante, com potencial para impactar negativamente a economia como um todo. O setor agrícola desempenha um papel vital na geração de empregos e no crescimento econômico do país, e conflitos entre o governo e os empresários podem criar um ambiente hostil para os negócios.


A falta de liderança no país foi mencionada como uma sensação generalizada entre os empresários, gerando desesperança e incertezas quanto ao futuro. A quebra do teto de gastos também foi abordada, sendo destacada como uma medida que terá impactos relevantes na economia.


No âmbito internacional, o governo reacendeu as relações com outros países, mas a falta de foco e direcionamento tem gerado a percepção de que o Brasil está perdido e não sabe para onde caminhar. Essa falta de clareza nas políticas externas pode comprometer as oportunidades de negócios e investimentos internacionais.


O cenário político também foi considerado conturbado, e a dificuldade em prever os acontecimentos, inclusive para o segundo semestre de 2023, tem impactado negativamente a confiança dos empresários. A reforma tributária, por exemplo, encontra-se estagnada no Congresso, dificultando o planejamento e a projeção de resultados por parte das empresas.


Diante dessa falta de previsibilidade econômica, as empresas têm enfrentado dificuldades para realizar seu planejamento estratégico. No ABC, região industrial importante no país, fábricas estão paradas devido à incerteza do cenário, o que reflete uma realidade distante do aparente "calmo" mercado financeiro.


No entanto, é perceptível uma maior maturidade e resistência dos empresários brasileiros para enfrentar as situações de crise. Embora o Brasil tenha enfrentado crises ao longo de sua história, é evidente um amadurecimento rápido da governança corporativa nas empresas, que buscam estratégias para enfrentar as adversidades do ambiente econômico e político.


Em relação ao futuro, algumas perspectivas foram compartilhadas durante a reunião. O você-presidente Geraldo Alckmin tem destacado, reiteradamente, a importância da reindustrialização do Brasil como foco do governo. No entanto, essa é uma tarefa desafiadora que exigirá esforços conjuntos e medidas efetivas para atrair investimentos e promover o desenvolvimento industrial no país.


Além disso, a perspectiva é que o Brasil volte sua atenção para a América Latina e trabalhe no fortalecimento do bloco regional. A integração econômica e o fortalecimento das relações com os países vizinhos podem abrir novas oportunidades de comércio e investimentos, impulsionando o crescimento do Brasil.


Outra questão que ganha cada vez mais relevância é a sustentabilidade e o meio ambiente. Os empresários reconhecem a importância desses temas e acreditam que a preocupação com a preservação ambiental e a busca por práticas sustentáveis devem crescer cada vez mais no âmbito empresarial.


Em resumo, a 3ª Reunião do Conselho Empresarial IBREI proporcionou um espaço para que os empresários expressassem suas opiniões e preocupações sobre o cenário político e econômico do Brasil. As questões levantadas, como a crise de identidade do governo, a insegurança jurídica, a falta de foco e a sensação de falta de liderança, refletem as incertezas e desafios enfrentados pelos empresários atualmente. No entanto, também é perceptível um amadurecimento e uma resistência cada vez maior por parte dos empresários, que buscam estratégias para enfrentar as adversidades e contribuir para o desenvolvimento econômico do país.


Ao final da reunião, o convidado especial Rui Mucaje, presidente da Afrochamber, teve a oportunidade de palestrar sobre as promissoras oportunidades de negócio na África. Sua apresentação trouxe uma perspectiva inspiradora para os empresários, mostrando as possibilidades de investimentos e parcerias no continente africano. Rui Mucaje ressaltou a importância de estabelecer laços comerciais com os países africanos, destacando setores em crescimento e ressaltando a importância da diversificação de mercados. Sua contribuição adicionou um elemento de otimismo e expansão de horizontes no contexto da reunião, mostrando caminhos alternativos e potencialmente lucrativos para o desenvolvimento dos negócios.




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